quarta-feira, 15 de junho de 2016

terça-feira, 7 de junho de 2016

CONTEUDOS PARA COMPENSAÇÃO DE AUSENCIAS REFERENTE AO 2º BIMESTRE

Todos os alunos das  8ªs SÉRIES  que estão com excesso de faltas nos meses de ABRIL e MAIO e JUNHO, por favor, procurem a professora Rosi Bueno ( Historia ) para serem comunicados sobre os trabalhos.



Conteúdos:
* Nazismo;
* Fascismo;
II Guerra Mundial:
*A vida nos tempos de guerra;
* O papel das mulheres na guerra,
* A guerra fora da Europa
A república brasileira
* O nascimento do Brasil republicano;
* A constituição de 1881;
* Os governos militares;
* A política dos governadores;
* As revoltas na República Velha

 Sobre as pesquisas :

  •  A entrega das pesquisas será até o dia 24/ 06/2016.
  • Todas as pesquisas devem ser impressas,encadernadas e/ou em folhas de papel almaço desde que tenha letra legível.
  • Devem seguir as normas da ABN ( procurem a postagem no link COMPENSAÇÃO DE AUSÊNCIAS ).
  • Devem ter conclusão.

República Velha – Revoltas

República Velha – Revoltas

Revolta de Canudos

Antônio Conselheiro chegou em 1893 a uma velha fazenda abandonada no sertão baiano e ali liderou a formação de Canudos. Desde os tempos do império ele fazia pregações que atraíam multidões de moradores do sertão nordestino
A Revolta de Canudos ocorreu entre os anos de 1893-1897 na Bahia. Milhares de pessoas se mudaram para Canudos. Buscavam paz e justiça em meio à fome e à seca do sertão.
Comandada por Antônio Conselheiro, a população vivia num sistema comunitário, em que as colheitas, os rebanhos e o fruto do trabalho eram repartidos. Só havia propriedade privada dos bens de uso pessoal. Não havia cobrança de impostos nem autoridade policial. A prostituição e a venda de bebidas alcoólicas eram rigorosamente proibidas.
O povoado de Canudos tinha leis próprias, não obedecendo ao poder público que governava o país. Representava uma alternativa de sociedade para os sertanejos que desejavam fugir da dominação dos grandes coronéis.
Os fazendeiros baianos e a elite política local temiam o crescimento de Canudos e passaram a exigir providências do governo para destruir a comunidade.
Os inimigos da comunidade de Canudos diziam que ali viviam fanáticos, loucos e monarquistas. A história tradicional repetiu essas acusações como se fossem verdades absolutas. Assim, não considerava que um dos principais motivos que uniam os sertanejos de Canudos era a necessidade de fugir da fome e da violência.
A religiosidade foi a forma encontrada pelos sertanejos para traduzir sua revolta e sua vontade de construir uma ordem social diferente.

A destruição de Canudos

Como as tropas dos coronéis locais e do governo estadual baiano não conseguiram esmagar as forças de Canudos, o governo federal entrou na luta. Várias tropas militares enviadas pelo poder central foram derrotadas. Um poderoso exército de 7 mil homens foi organizado pelo próprio ministro da Guerra. Canudos foi completamente destruído em 5 de outubro de 1897; mais de 5 mil casas foram incendiadas pelo exército.

Guerra do Contestado

Ocorreu entre os anos de 1912 a 1916, na fronteira entre Paraná e Santa Catarina, numa região contestada (disputada) pelos dois estados. Nessa área, era grande o número de sertanejos sem-terra e famintos que trabalhavam sob duras condições para os fazendeiros locais e duas empresas norte-americanas que atuavam ali.
Os sertanejos de Contestado começaram a se organizar sob a liderança de um “monge” chamado João Maria. Após sua morte, surgiu em seu lugar um outro “monge”, conhecido como José Maria (Miguel Lucena Boaventura).
Reuniu mais de 20 mil sertanejos e fundou com eles alguns povoados que compunham a chamada “Monarquia Celeste”. A “monarquia” do Contestado tinha um governo próprio e normas igualitárias, não obedecendo às ordens emanadas das autoridades da república.
Os sertanejos do Contestado foram violentamente perseguidos pelos coronéis-fazendeiros e pelos donos das empresas estrangeiras, com o apoio das tropas do governo. O objetivo era destruir a organização comunitária dos sertanejos e expulsá-los das terras que ocupavam.
Em novembro de 1912, o monge Jose Maria foi morto em combate e “santificado” pelos moradores da região. Seus seguidores, criaram novos núcleos que foram, combatidos e destruídos pelas tropas do exercito brasileiro.
Os últimos núcleos foram arrasados por tropas de 7 mil homens armados.

Messianismo

Na história do Brasil, o termo messianismo é usado para dar nome aos movimentos sociais nos quais milhares de sertanejos fundaram comunidades comandadas por um líder religioso.
Surgiu em áreas rurais pobres atingidas pela miséria. Seus dois principais componentes eram a religiosidade popular do sertanejo e seu sentimento de revolta.
Na República Velha, os dois principais exemplos de messianismo foram os movimentos de Canudos e do Contestado.

Cangaço: Revolta e Violência no Nordeste

Ocorreu entre os anos de 1870 a 1940 (setenta anos), no Nordeste do Brasil.
Para alguns pesquisadores, ele foi uma forma pura e simples de banditismo e criminalidade. Para outros foi uma forma de banditismo social, isto é, uma forma de revolta reconhecida como algo legítimo pelas pessoas que vivem em condições semelhantes.

Motivos para o acontecimento do cangaço:

Miséria, fome, secas e injustiças dos coronéis-fazendeiros produziram no semi-árido do Nordeste um cenário favorável à formatação de grupos armados conhecidos como cangaceiros. Os cangaceiros praticavam crimes, assaltavam fazendas e matavam pessoas.
Os dois mais importantes bandos do cangaço foi o de Antônio Silvino e o de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, o “Rei do Cangaço”.
Depois que a polícia massacrou o “bando de Lampião”, em 1938, o cangaço praticamente desapareceu do Nordeste.

Revolta da Vacina

No governo do presidente Rodrigues Alves (1902-1906), o Rio de Janeiro, era uma cidade no qual a população enfrentava graves problemas: pobreza, desemprego, lixo amontoado nas ruas, muitos ratos e mosquitos transmissores de doenças. Milhares de pessoas morriam em conseqüência de epidemias como febre amarela, peste bubônica e varíola.
Os primeiro governos republicanos queriam transformar o Rio de Janeiro na “capital do progresso”, que mostrasse ao país e ao mundo “o novo tempo” da República.
Coube ao presidente Rodrigues Alves a decisão de reformar e modernizar o Rio de Janeiro.
Os cortiços e os casebres dos bairros centrais foram demolidos. A população foi desalojada e passou a morar em barracos nos morros do centro ou em bairros distantes do subúrbio.
Combater as epidemias era um dos principais objetivos do governo; o medico Oswaldo Cruz, diretor da Saúde Pública, convenceu o presidente a decretar a lei da vacinação obrigatória contra a varíola.
A população não foi esclarecida sobre a necessidade da vacina. Diversos setores da sociedade reagiram à vacina obrigatória: havia os que defendiam que a aplicação de injeções em mulheres era imoral, ou que a obrigatoriedade ia contra a liberdade individual. Outros, não compreendiam como uma doença poderia ser evitada com a introdução de seu próprio vírus no corpo.

Revolta da Chibata

Ocorreu no Rio de Janeiro, foram os marinheiros que se revoltaram contra os terríveis castigos físicos a que eram submetidos.
Ficou conhecido como Revolta da Chibata, porque os marinheiros queriam mudanças no Código de Disciplina da Marinha, que punia as faltas graves dos marinheiros com 25 chibatadas. Além dos castigos físicos, os marinheiros reclamavam de má alimentação e dos miseráveis salários que recebiam.
Veja mais em: Revolta da Chibata

Tenentismo

Foi o movimento político-militar que, pela luta armada, pretendia conquistar o poder e fazer reformas na República Velha. Era liderado por jovens oficiais das Forças Armadas, principalmente tenentes.

Principais propostas do Tenentismo:

  • Queriam a moralização da administração pública;
  • Queriam o fim da corrupção eleitoral;
  • Reivindicavam o voto secreto e uma justiça Eleitoral confiável;
  • Defendiam a economia nacional contra a exploração das empresas e do capital estrangeiro;
  • Desejavam uma reforma na educação pública para que o ensino fosse gratuito e obrigatório para todos os brasileiros.
A maioria das propostas contava com a simpatia de grande parte das classes médias urbanas, dos produtos rurais que não pertenciam ao grupo que estava no poder e de alguns empresários da indústria.
Veja mais: Tenentismo.

Revolta do Forte de Copacabana

Primeira Revolta Tenentista, iniciou em 05/07/1922.
Foi uma revolta para impedir a posse do presidente Artur Bernardes.
Tropas do governo cercaram o Forte de Copacabana, isolando os rebeldes. Dezessete tenentes e um civil saíram para as ruas num combate corpo-a-corpo com as tropas do governo. Dessa luta suicida, só dois escaparam com vida: os tenentes Eduardo Gomes e Siqueira Campos.
O episódio ficou conhecido como Os Dezoito do Forte.

Revoltas de 1924

Dois anos depois da Primeira Revolta ocorreram novas rebeliões tenentistas em regiões como o Rio Grande do Sul e São Paulo.
Depois de ocupar a capital paulista, as tropas tenentistas abandonaram suas posições diante da ofensiva armada do governo.
Com uma numerosa tropa de mil homens, os rebeldes formaram a coluna paulista, que seguiu em direção ao sul do país, ao encontro de outra coluna militar tenentista, liderada pelo capitão Luís Carlos Prestes.

Coluna Prestes

As duas forças tenentistas uniram-se e decidiram percorrer o interior do país, procurando apoio popular para novas revoltas contra o governo. Nascia aí a Coluna Prestes, pois ambas tropas eram lideradas por Prestes.
Durante mais de dois anos (1924 a 1926), a Coluna Prestes percorreu 24 mil quilômetros através de 12 estados. O governo perseguia as tropas da Coluna Prestes que, por meio de manobras militares, conseguia escapar. Em 1926 os homens que permaneciam na Coluna Prestes decidiram ingressar na Bolívia e desfazer a tropa.
A Coluna Prestes não conseguiu provocar revoltas capazes de ameaçar seriamente o governo, mas também não foi derrotada por eles. Isso demonstrava que o poder na República Velha não era tão inatacável.
http://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/republica-velha-revoltas- visitado em 07/06/2016

terça-feira, 12 de abril de 2016

Independência Americana

Independência dos EUA

Antes da Independência, os EUA eram formados por treze colônias controladas pela metrópole: a Inglaterra. Dentro do contexto histórico do século XVIII, os ingleses usavam estas colônias para obter lucros e recursos minerais e vegetais não disponíveis na Europa. Era também muito grande a exploração metropolitana, com relação aos impostos e taxas cobrados dos colonos norte-americanos.

Colonização dos Estados Unidos

Para entendermos melhor o processo de independência norte-americano é importante conhecermos um pouco sobre a colonização deste território. Os ingleses começaram a colonizar a região no século XVII. A colônia recebeu dois tipos de colonização com diferenças acentuadas:
Colônias do Norte : região colonizada por protestantes europeus, principalmente ingleses, que fugiam das perseguições religiosas. Chegaram na América do Norte com o objetivo de transformar a região num próspero lugar para a habitação de suas famílias. Também chamada de Nova Inglaterra, a região sofreu uma colonização de povoamento com as seguintes características : mão-de-obra livre, economia baseada no comércio, pequenas propriedades e produção para o consumo do mercado interno.

Colônias do Sul : colônias como a Virginia, Carolina do Norte e do Sul e Geórgia sofreram uma colonização de exploração. Eram exploradas pela Inglaterra e tinham que seguir o Pacto Colonial. Eram baseadas no latifúndio, mão-de-obra escrava, produção para a exportação para a metrópole e monocultura.

Guerra dos Sete Anos
Esta guerra ocorreu entre a Inglaterra e a França entre os anos de 1756 e 1763. Foi uma guerra pela posse de territórios na América do Norte e a Inglaterra saiu vencedora. Mesmo assim, a metrópole resolveu cobrar os prejuízos das batalhas dos colonos que habitavam, principalmente, as colônias do norte. Com o aumento das taxas e impostos metropolitanos, os colonos fizeram protestos e manifestações contra a Inglaterra.

Metrópole aumenta taxas e impostos

A Inglaterra resolveu aumentar vários impostos e taxas, além de criar novas leis que tiravam a liberdade dos norte-americanos. Dentre estas leis podemos citar: Lei do Chá (deu o monopólio do comércio de chá para uma companhia comercial inglesa),  Lei do Selo ( todo produto que circulava na colônia deveria ter um selo vendido pelos ingleses), Lei do Açúcar (os colonos só podiam comprar açúcar vindo das Antilhas Inglesas).

Estas taxas e impostos geraram muita revolta nas colônias.
 Um dos acontecimentos de protesto mais conhecidos foi a 
Festa do Chá de Boston ( The Boston Tea Party ). Vários colonos invadiram, a noite, um navio inglês carregado de chá e, vestidos de índios, jogaram todo carregamento no mar. Este protesto gerou uma forte reação da metrópole, que exigiu dos habitantes os prejuízos, além de colocar soldados ingleses cercando a cidade.

Primeiro Congresso da Filadélfia

Os colonos do norte resolveram promover, no ano de 1774, um congresso para tomarem medidas diante de tudo que estava acontecendo. Este congresso não tinha caráter separatista, pois pretendia apenas retomar a situação anterior. Queriam o fim das medidas restritivas impostas pela metrópole e maior participação na vida política da colônia.
Porém, o rei inglês George III não aceitou as propostas do congresso, muito pelo contrário, adotou mais medidas controladoras e restritivas como, por exemplo, as Leis Intoleráveis. Uma destas leis, conhecida como Lei do Aquartelamento, dizia que todo colono norte-americano era obrigado a fornecer moradia, alimento e transporte para os soldados ingleses. As Leis Intoleráveis geraram muita revolta na colônia, influenciando diretamente no processo de independência.

Segundo Congresso da Filadélfia

Em 1776, os colonos se reuniram no segundo congresso com o objetivo maior de conquistar a independência. Durante o congresso, Thomas Jefferson redigiu a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América. Porém, a Inglaterra não aceitou a independência de suas colônias e declarou guerra. A Guerra de Independência, que ocorreu entre 1776 e 1783, foi vencida pelos Estados Unidos com o apoio da França e da Espanha.

Constituição dos Estados Unidos

Em 1787, ficou pronta a Constituição dos Estados Unidos com fortes características iluministas. Garantia a propriedade privada (interesse da burguesia), manteve a escravidão, optou pelo sistema de república federativa e defendia os direitos e garantias individuais do cidadão.

AGORA RESPONDA:

1-        Antes da independência, os EUA eram colônia de que país? Como eles eram controlados pela metrópole?

2-        Caracterize as colônias do NORTE e do SUL.

3-        O que foi a Guerra dos Sete Anos?

4-        Quais as leis criadas pela Inglaterra que geraram revolta nas colônias? Explique cada lei.

5-        Quais os objetivos dos congressos que aconteceram na Filadélfia?


6-        Caracterize a Constituição Norte Americana.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Trotsky A revolução começa na escola



SINOPSE

'Trotsky - A Revolução Começa na Escola' é uma comédia sobre o jovem Leon Bronstein (Jay Baruchel), que se considera a reencarnação do ícone da Revolução Soviética Leon Trotsky. E, se o seu pai achou que era um boa ideia enviá-lo para uma escola pública após ele ter incentivado uma greve em sua própria fábrica, logo ele vai se arrepender, devido aos atos do filho no novo colégio.

terça-feira, 5 de abril de 2016

Processo de Independência americana .


ALUNOS DAS 8ªs SÉRIES QUE FARÃO TRABALHOS DE COMPENSAÇÃO DE AUSÊNCIAS.


Todos os alunos das  8ªs SÉRIES  que estão com excesso de faltas nos meses de fevereiro e março, por favor, procurem a professora Rosi Bueno ( Historia ) para serem comunicados sobre os trabalhos.

Temas :

1- Neocolonialismo;
2- 1ª Guerra Mundial;
3- Revolução Russa.
                                            Sobre as pesquisas :

  •  A entrega das pesquisas será até o dia 20/ 04/2016.
  • Todas as pesquisas devem ser impressas,encadernadas e/ou em folhas de papel almaço desde que tenha letra legível.
  • Devem seguir as normas da ABN ( procurem a postagem no link COMPENSAÇÃO DE AUSÊNCIAS ).
  • Devem ter conclusão.
 Qualquer dúvida procurar a professora Rosi Bueno.

Normas para elaboração de trabalhos escolares


NAZISMO E FASCISMO ( REGIMES TOTALITARIOS )


quarta-feira, 9 de março de 2016

Revolução Industrial

Documentário sobre primeira Guerra Mundial o fim de uma era

1ª Guerra Mundial

A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL 1914 - 1918

A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL 1914 - 1918 (Resumo)


Entre 1871 e 1914, durante a chamada belle époque, a sociedade européia, liberal e capitalista, passou por uma das fases de maior prosperidade. O desenvolvimento industrial trouxe para boa parte da população um conforto nunca antes experimentado, enquanto a ciência e a técnica abriam possibilidades inimagináveis de comunicação e transporte, com a invenção do telégrafo, do telefone e do automóvel.
Entretanto, as disputas territoriais entre as potências e a má distribuição dos benefícios do progresso entre a população criavam um clima de instabilidade constante. O risco de um confronte iminente pairava no ar. Até que, em 1914, as previsões se confirmaram, com o início da "guerra que ia acabar com todas as guerras", como se costumava dizer na época. Na prática, não foi isso que o mundo assistiu. Outro conflito, maior e ainda mais devastador, iria eclodir 25 anos depois.
A expressão Grande Guerra, cunhada para o conflito que pela primeira vez na história envolveu todo o planeta, se justifica pelas proporções que o confronto alcançou, pelo aparato bélico que foi mobilizado e pela destruição devastadora que provocou. As novas armas, fruto do desenvolvimento industrial, e os métodos inéditos empregados nos combates deram aos países capitalistas o poder quase absoluto de matar e destruir.

Por volta de 1914, havia motivos de sobra para o acirramento das divergências entre os países europeus. Era grande, por exemplo, a insatisfação entre as nações que tinham chegado tarde à partilha da África e da Ásia; a disputa ostensiva por novos mercados e fontes de matérias-primas envolvia muitos governos imperialistas; e as tensões nacionalistas, acumuladas durante décadas, pareciam prestes a explodir. O que estava em jogo eram interesses estratégicos para vencer a eterna competição pela hegemonia na Europa e no mundo.

Causas do conflito:

A disputa colonial: buscando novos mercados para a venda de seus produtos, os países industrializados entravam em choque pela conquista de colônias na África e na Ásia.
A concorrência econômica: cada um dos grandes países industrializados dificultara a expansão econômica do país concorrente. Essa briga econômica foi especialmente intensa entre Inglaterra e Alemanha.
A disputa nacionalista: em diversas regiões da Europa surgiram movimentos nacionalistas que pretendiam agrupar sob um mesmo Estado os povos de raízes culturais semelhantes. O nacionalismo exaltado provocava um desejo de expansão territorial.

Movimentos nacionalistas: os interesses da Alemanha, Rússia e França.
Entre os principais movimentos nacionalistas que se desenvolveram na Europa no início do século XX, podemos destacar os seguintes:
· Pan-eslavismo: buscava a união de todos os povos eslavos da Europa oriental. Era liderado pela Rússia.
· Pangermanismo: buscava a expansão da Alemanha através dos territórios ocupados por povos germânicos da Europa central. Era liderado pela Alemanha.
· Revanchismo francês: visava desforrar a derrota francesa para a Alemanha em 1870 (Guerra Franco-prussiana) e recuperar os territórios da Alsácia-Lorena, cedidos aos alemães.
A situação conflituosa deu origem à chamada paz armada. Como o risco de guerra era bastante grande, as principais potências trataram de estimular a produção de armas e de fortalecer seus exércitos.

A política das alianças:
O clima de tensão internacional levou as grandes potências a firmar tratados de alianças com certos países. O objetivo desses tratados era somar forças para enfrentar a potência rival.
A Tríplice Aliança: formada por Alemanha, Império Austro-húngaro e Itália.
A Tríplice Entente: formada por Inglaterra, França e Rússia.

A explosão da guerra mundial
Assassinato de Francisco Ferdinando (Sarajevo, Bósnia, 28/06/1914): foi o estopim que detonou a Primeira Guerra Mundial, quando as tensões entre os dois blocos de países haviam crescido a um nível insuportável.
Principais fases: primeira fase (1914/1915) movimentação de tropas e equilíbrio entre as forças rivais; segunda fase (1915/1917) guerra de trincheiras; terceira fase (1917-1918) entrada dos Estados Unidos, ao lado da França e da Inglaterra, e derrota da Alemanha.
Entrada da Itália – A Itália, membro da Tríplice Aliança, manteve-se neutra até que, em 1915, sob promessa de receber territórios austríacos, entro na guerra ao lado de franceses e ingleses.
Saída da Rússia – Com o triunfo da Revolução Russa de 1917, onde os bolcheviques estabeleceram-se no poder, foi assinado um acordo com a Alemanha para oficializar sua retirada do grande conflito. Este acordo chamou-se Tratado de Brest-Litovsk, que impôs duras condições para a Rússia.
Entrada dos Estados Unidos – Os norte-americanos tinham muito investimentos nesta guerra com seus amigos aliados (Inglaterra e França). Era preciso garantir o recebimento de tais investimentos. Utilizou-se como pretexto o afundamento do navio “Lusitânia”, que conduzia passageiros norte-americanos.
Participação do Brasil – Os alemães, diante da superioridade naval da Inglaterra, resolveram empreender uma guerra submarina sem restrições. Na noite de 3 de abril de 1917, o navio brasileiro “Paraná” foi atacado pelos submarinos alemães perto de Barfleur, na França. O Brasil, presidido por Wenceslau Brás, rompeu as relações com Berlim e revogou sua neutralidade na guerra. Novos navios brasileiros foram afundados. No dia 25 de outubro, quando recebeu a noticia do afundamento do navio “Macau”, o Brasil declarou guerra à Alemanha. Enviou auxilio à esquadra inglesa no policiamento do Atlântico e uma missão médica.

Conseqüências da guerra: a) O aparecimento de novas nações; b) Desmembramento do império Austro- Húngaro; c) A hegemonia do militarismo francês, em decorrência do desarmamento alemão; d) A Inglaterra dividiu sua hegemonia marítima com os Estados Unidos; e) O enriquecimento dos Estados Unidos; f) A depreciação do marco alemão, que baixou à milionésima parte do valor, e a baixa do franco e do dólar; g) O surgimento do fascismo na Itália e do Nazismo na Alemanha.
Os "14 Pontos do Presidente Wilson"
Em mensagem enviada ao Congresso americano em 8 de janeiro de 1918, o Presidente Wilson sumariou sua plataforma para a Paz que concebia:
1) "acordos públicos, negociados publicamente", ou seja a abolição da diplomacia secreta; 2) liberdade dos mares; 3) eliminação das barreiras econômicas entre as nações; 4) limitação dos armamentos nacionais "ao nível mínimo compatível com a segurança"; 5) ajuste imparcial das pretensões coloniais, tendo em vista os interesses dos povos atingidos por elas; 6) evacuação da Rússia; 7) restauração da independência da Bélgica; 8) restituição da Alsácia e da Lorena à França; 9) reajustamento das fronteiras italianas, "seguindo linhas divisórias de nacionalidade claramente reconhecíveis"; 10) desenvolvimento autônomo dos povos da Áutria-Hungria; 11) restauração da Romênia, da Sérvia e do Montenegro, com acesso ao mar para Sérvia; 12) desenvolvimento autônomo dos povos da Turquia, sendo os estreitos que ligam o Mar Negro ao Mediterrâneo "abertos permanentemente"; 13) uma Polônia independente, "habitada por populações indiscutivelmente polonesas" e com acesso para o mar; e 14) uma Liga das Nações, órgão internacional que evitaria novos conflitos atuando como árbitro nas contendas entre os países.
Os "14 pontos" não previam nenhuma séria sanção para com os derrotados, abraçando a ideia de uma Paz "sem vencedores nem vencidos". No terreno prático, poucas propostas de Wilson foram aplicadas.

O Tratado de Versalhes: conjunto de decisões tomadas no palácio de Versalhes no período de 1919 a 1920. As nações vencedoras da guerra, lideradas por Estados Unidos, França e Inglaterra, impuseram duras condições à Alemanha derrotada. O desejo dos alemães de superar as condições humilhantes desse tratado desempenhou papel importante entre as causas da Segunda Guerra Mundial:
- Restituir a região da Alsácia-Lorena à França.
- Ceder outras regiões à Bélgica, à Dinamarca e à Polônia ( corredor polonês).
- Ceder todas as colônias.
- Entregar quase todos seu navios mercantes à França, à Inglaterra e à Bélgica.
- Pagar uma enorme indenização em dinheiro aos países vencedores.
- Reduzir o poderio militar de seus exércitos limitados a 100 mil voluntários, sendo proibida de possuir aviação militar, submarinos, artilharia pesada e tanques, e o recrutamento militar foi proibido.
- Considerada a grande culpada pela guerra.
A formação da Liga das Nações: em 28 de abril de 1919, a Conferência de Pás de Versalhes aprovou a criação da Liga das Nações, com a missão de agir como mediadora nos casos de conflito internacional, preservando a paz mundial. Entretanto, sem a participação de países importantes como os Estados Unidos, União Soviética e Alemanha, a liga revelou-se um organismo impotente.
A ascensão econômica dos Estados Unidos no pós-guerra: os Estados unidos alcançaram significativo desenvolvimento econômico através da exportação de produtos industrializados. A Europa tornou-se dependente dos produtos americanos.
Imperialismo e Neocolonialismo no séc. XIX.

A partir da segunda metade do século XIX, o mundo, principalmente a Europa e E.U.A, passam por uma transformação tecnológica que foi viabilizada pelo processo de  produção das fábricas dando assim início a Segunda Revolução Industrial. Essa fase de industrialização possibilitou grandes transformações sociais, econômicas e culturais. 
A partir de 1870, os motores a vapor foram gradativamente substituídos pelos motores de combustão interna e também pelos motores elétricos. O ferro, que foi umas das principais matérias primas durante a primeira fase da revolução industrial, abre espaço para a utilização do aço que é um material mais leve, maleável e resistente. Nesse período conhecido como Segunda Revolução industrial surgem avanços nas áreas de siderurgia, química, de aparelhos elétricos e produtos farmacêuticos.


Principais características de cada fase da Revolução industrial

Ciclo da revolução industrial  e imperialismo

 O desenvolvimento industrial do século XIX levou grandes potências mundiais a empreender um novo modelo de colonização.
 "A industrialização do continente europeu marcou um intenso processo de expansão econômica. O crescimento dos parques industriais e o acúmulo de capitais fizeram com que as grandes potências econômicas da Europa buscassem a ampliação de seus mercados e procurassem maiores quantidades de matéria-prima disponíveis a baixo custo. Foi nesse contexto que, a partir do século XIX, essas nações buscaram explorar regiões na África e Ásia"  Fonte:http://www.brasilescola.com/historiag/neocolonialismo.htm



A Partilha da África


Até a primeira metade do século XIX, a presença européia no continente se dava principalmente em áreas litorâneas sem grande avanço ao interior desse continente e a principal atividade desenvolvida entre esses continentes era o comércio, pois os europeus tinham interessem em comprar metais preciosos em marfim dos africanos, além de negociar a compra e venda de escravos que eram utilizados em suas colônias, principalmente no continente americano.
Por conta do desenvolvimento industrial após a metade do sec. XIX, as principais potências europeias se interessaram em expandir seu mercado consumidor para outras áreas do planeta, além de aumentar a aquisição  de matérias-primas, como minérios e produtos agrícolas que favoreceriam seu desenvolvimento econômico. 
De início, os europeus se infiltraram no continente africano estabelecendo em áreas de influencia por meio de alianças e tratados com alguns chefes africanos. Porém, quando seus interesses não fossem atendidos, se lançavam em conquistas militares contra os nativos africanos que naquele momento eram inferiores na questão bélica, ou seja, os europeus  já possuíam uma indústria militar mais avançada e conseguiram vencer a resistência dos povos africanos e conquistaram vários territórios.  
Após as conquistas militares, as potencias europeias se fixaram na região e estabeleceram um regime de protetorado, onde cada nação europeia participante daquela ação colonizadora, ficava responsável por "defender" a região em que estava fixada. Claro que essa defesa era destinada a proteção de seus interesses econômicos e não da região dominada em si. Com isso para haver uma maior organização, representantes de vários países europeus se reuniram em Berlim, Alemanha, entre, Novembro de 1884 e Fevereiro de 1885, e estabeleceram as regras para a demarcação das áreas  de domínio de cada país europeu interessado nos territórios africanos. Essa reunião foi convocada pelo Chanceler alemão Otto von Bismarck, líder da Alemanha na época e ficou conhecida como a Conferência de Berlim. Além das treze principais potências europeias participaram também, EUA e Turquia. Um dos principais objetivos da Conferência era garantir a liberdade de comércio e navegação pelos rios Niger e Congo, além de estabelecer as regras para a anexação dos territórios africanos. 



     Charge ilustra a Conferência de Berlim


    
 Diferenças entre o colonialismo europeu do século XVI e o Neocolonialismo do século XIX 

A Partilha da Ásia e Oceania

A divisão da Ásia e Oceania seguiu a mesma lógica da divisão da África. Os europeus tinham interesse em comercializar seus produtos industrializados em outras regiões do planeta e consequentemente comprar as matérias primas existentes nesses territórios a preços baixos. 
A conquista imperialista, porém foi mais violenta do que no que continente africano, causando a morte de milhares de nativos. Além disso, o imperialismo desestruturou a sociedade e a cultura dos povos nativos, que ainda hoje sofrem as consequências dessa dominação

    Principais líderes das potências europeias ,mais o Japão dividindo o território chinês 


A resistência dos povos nativos

os povos que viviam nos continentes dominados pelos europeus não aceitaram passivamente esse domínio e resistiram de várias maneiras a invasão de seus territórios.
Na Africa, os nativos aprenderam novas técnicas e táticas militares com os invasores e colocaram em prática contra seus opressores, além de adquirirem armas mais modernas para defesa de seus territórios.
Na Ásia, vários povos também resistiram a expansão imperialista. Os nativos se formavam em grupos que lutavam pela expulsão dos europeus e defesa pelo respeito da cultura nativa, bem como pela retomada do poder pelos antigos chefes.
A resistência desses povos não se deu apenas pela luta armada. Outras formas de resistências foram adotadas, como a sabotagem de máquinas e equipamentos dos invasores europeus, destruição de meios de transportes, de plantações e armazéns.

 Áreas de atuação dos principais impérios coloniais em 1914

Teorias Racistas do século XIX

O domínio da África e da Ásia, exercido pelos países industrializados, teve duas principais formas:
 1ª) a dominação política e econômica direta (os próprios europeus governavam);
 2ª) a dominação política e econômica indireta (as elites nativas governavam). Mas como as potências imperialistas legitimaram o domínio, a conquista, a submissão e a exploração de dois continentes inteiros?
A principal hipótese para a legitimação do domínio imperialista europeu sobre a África e a Ásia foi a utilização ideológica de teorias raciais europeias provenientes do século XIX. As que mais se destacaram foram o evolucionismo social e o darwinismo social.
Um dos discursos ideológicos que “legitimariam” o processo de domínio e exploração dos europeus sobre asiáticos e africanos seria o evolucionismo social. Tal teoria classificava as sociedades em três etapas evolutivas: 1ª) bárbara; 2ª) primitiva; 3ª) civilizada. Os europeus se consideravam integrantes da 3ª etapa (civilizada) e classificavam os asiáticos como primitivos e os africanos como bárbaros. Portanto, restaria ao colonizador europeu a “missão civilizatória”, através da qual asiáticos e africanos tinham de ser dominados. Sendo assim, estariam estes assimilando a cultura europeia, podendo ascender nas etapas de evolução da sociedade e alcançar o estágio de civilizados.
O domínio colonial, a conquista e a submissão de continentes inteiros foram legal e moralmente aceitos. Desse modo, os europeus tinham o dever de fazer tais sociedades evoluírem.
darwinismo social se caracterizou como outra teoria que legitimou o discurso ideológico europeu para dominar outros continentes. O darwinismo social compactuava com a ideia de que a teoria da evolução das espécies (Darwin) poderia ser aplicada à sociedade. Tal teoria difundia o propósito de que na luta pela vida somente as nações e as raças mais fortes e capazes sobreviveriam.
A partir de então, os europeus difundiram a ideia de que o imperialismo, ou neocolonialismo, seria uma missão civilizatória de uma raça superior branca europeia que levaria a civilização (tecnologia, formas de governo, religião cristã, ciência) para outros lugares. Segundo o discurso ideológico dessas teorias raciais, o europeu era o modelo ideal/ padrão de sociedade, no qual as outras sociedades deveriam se espelhar. Para a África e a Ásia conseguirem evoluir suas sociedades para a etapa civilizatória, seria imprescindível ter o contato com a civilização europeia.
Hoje sabemos que o evolucionismo social e o darwinismo social não possuem nenhum embasamento ou legitimidade científica, mas no contexto histórico do século XIX foram ativamente utilizados para legitimar o imperialismo, ou seja, a submissão, o domínio e a exploração de continentes inteiros.
Fonte:http://www.mundoeducacao.com/historiageral/darwinismo-social-imperialismo-no-seculo-xix.htm
As consequências do imperialismo

O imperialismo europeu foi extremamente desastroso e prejudicial para os povos nativos da África, Ásia e Oceania, pois gerou o subdesenvolvimento e desigualdades sociais vivenciadas até os dias de hoje em muitos países desses continentes
Quando os europeus invadiram os territórios da África, Ásia e Oceania, forçaram os nativos a realizar trabalhos pesados, nas minas e grandes plantações, em troca de baixos salários. Além disso, os europeus não respeitavam os hábitos, costumes e cultura dos nativos, obrigando-os a adotar sua língua, costumes e religião, provocando a aculturação* de muitos povos. 
A exploração imperialista resultou no extermínio de milhares de povos nativos, provocados por guerras, doenças e também pela fome. Uma das consequências mais evidentes do imperialismo até os dias de hoje é o atraso econômico a que os países dominados foram submetidos e que se reflete ainda hoje no subdesenvolvimento e nas desigualdades sociais presentes na maioria desses países.

* Aculturação: processo de adoção ou assimilação de uma cultura estrangeira.

Fonte: Vontade de Saber História, 9º ano / Marco César Pellegrini, Adriana Machado Dias, Keila Grinberg. -- 1. ed. -- São Paulo: FTD 2009. -- (coleção vontade de saber).